A trilha sonora era de quase chuva. O céu parecia querer chover eu mesmo, por todos os cantos. A protagonista tinha um brilho nos olhos por flores, tanto que lhes nasciam na ponta do nariz todas as manhãs. Ela cuidava, para que a chuva não as afogassem de tanto não chover. Fazia cores misturando sensações intensas para colorir, pétala por pétala, ao pé da letra, todas as cores que um céu pode borrar. São tantas. São tantas essas cores, que ela guadava todas na poesia mais indecifrável que um papel veria.
Não muito longe dali, uma mistura de sensações, cores, sons e descobertas se juntavam em um ser, que seria laranja acinzentado. Na luneta ele descobria a si próprio: "Um lunático! Um lunático!". As almas começavam então à se encontrar, principalmente em luares sustenidos, de uma gigante bolha de sabão.
Ele dava presentes à ela. Ela era o presente dele.
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